quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO

Para aprender, necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente)
e um vínculo que se estabelece entre ambos.” -
Alicia Fernandez
O trabalho psicopedagógico possui como ação, o atendimento a pessoas, tanto individual como em pequenos grupos. Esta ação tem como objetivo “aproximar os aprendizes dos seus processos de aprender, permitindo que tomem consciência de como funcionam e, ao mesmo tempo, encontrem estratégias para superar obstáculos, corrigir ou prevenir dificuldades” ou ainda otimizar sua forma de aprender. (BARBOSA, 2010).
Neste sentido cabe perfeitamente a declaração de Sara Pain: “A tarefa psicopedagógica começa justamente aqui, na medida em que se trata de ensinar o diagnóstico, no sentido de tomar consciência da situação e providenciar sua transformação.”
Um dos recursos psicopedagógicos de caráter objetivo, utilizados para que a pessoa possa se construir como aprendiz, é o jogo e a brincadeira.
Ambos são marcados pela ludicidade, que é o seu ingrediente fundamental, por ser uma característica importante das atividades do ser humano que a relaciona com divertimento e, portanto, não carrega em si um grau de resistência elevado, o que pode auxiliar no enfrentamento das dificuldades e obstáculos.
As atividades lúdicas bem planejadas, possuem as qualidades de serem desafiadoras (traz uma situação que coloca em jogo os conhecimentos prévios do aprendiz, bem como o leva a se dispor a desenvolver habilidades que ainda não possui ou se encontram em construção); criam possibilidades (a solução de um problema se torna real, são previstas saídas e o aprendiz pode se sentir capaz, desbravador e persistente, entre outras qualidades desenvolvidas); possuem o caráter simbólico (expressam sua intuição, onde projeta sentimentos, desejos e valores); e possibilitam expressões relacionais (pontos de vista, o ganhar e o perder e várias outras possibilidades de expressão.
No jogo existe a possibilidade do erro, ao mesmo tempo que inclui o desafio e a disposição do desafiado em persistir na resolução dos problemas que nele surgem. Além disso, possibilitam o desenvolvimento do aprendiz em diferentes dimensões: raciocínio lógico, oralidade, escrita, percepção, rapidez, ritmo, motricidade, atenção, memória, entre outras.
Avançando mais neste pensamento, podem ser inclusos os benefícios dos jogos cooperativos, que enfatizam a convivência, a solidariedade e a capacidade de ajudar e pedir ajuda, desenvolvem diferentes habilidades e competências e aliviam as tensões provocadas pelo não saber.
O jogo e a brincadeira como recursos psicopedagógicos devem preservar a ludicidade e servir como instrumento de vinculação afetiva com as situações de aprendizagem.
(Baseado em Laura M. S. Barbosa: Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: Ibpex, 2010).
Texto escrito pela Prof. Beate Muller de Freitas

Seguem as fotos dos jogos utilizados no atendimento  Psicopedagógico e aulas de reforço.
Toda semana postaremos algo especifico de um determinado jogo para que você também possa utilizar esse recurso. 

























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