O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO
“Para aprender,
necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente)
e um vínculo que se
estabelece entre ambos.”
-
Alicia Fernandez
O trabalho psicopedagógico
possui como ação, o atendimento a pessoas, tanto individual como em
pequenos grupos. Esta ação tem como objetivo “aproximar os
aprendizes dos seus processos de aprender, permitindo que tomem
consciência de como funcionam e, ao mesmo tempo, encontrem
estratégias para superar obstáculos, corrigir ou prevenir
dificuldades” ou ainda otimizar sua forma de aprender. (BARBOSA,
2010).
Neste sentido cabe
perfeitamente a declaração de Sara Pain: “A tarefa
psicopedagógica começa justamente aqui, na medida em que se trata
de ensinar o diagnóstico, no sentido de tomar consciência da
situação e providenciar sua transformação.”
Um dos recursos
psicopedagógicos de caráter objetivo, utilizados para que a pessoa
possa se construir como aprendiz, é o jogo e a brincadeira.
Ambos são marcados pela
ludicidade, que é o seu ingrediente fundamental, por ser uma
característica importante das atividades do ser humano que a
relaciona com divertimento e, portanto, não carrega em si um grau de
resistência elevado, o que pode auxiliar no enfrentamento das
dificuldades e obstáculos.
As atividades lúdicas bem
planejadas, possuem as qualidades de serem
desafiadoras (traz
uma situação que coloca em jogo os conhecimentos prévios do
aprendiz, bem como o leva a se dispor a desenvolver habilidades que
ainda não possui ou se encontram em construção); criam
possibilidades
(a solução de um problema se torna real, são previstas saídas e o
aprendiz pode se sentir capaz, desbravador e persistente, entre
outras qualidades desenvolvidas); possuem
o caráter simbólico (expressam
sua intuição, onde projeta sentimentos, desejos e valores); e
possibilitam
expressões relacionais (pontos
de vista, o ganhar e o perder e várias outras possibilidades de
expressão.
No
jogo existe a possibilidade do erro, ao mesmo tempo que inclui o
desafio e a disposição do desafiado em persistir na resolução dos
problemas que nele surgem. Além disso, possibilitam o
desenvolvimento do aprendiz em diferentes dimensões: raciocínio
lógico, oralidade, escrita, percepção, rapidez, ritmo,
motricidade, atenção, memória, entre outras.
Avançando
mais neste pensamento, podem ser inclusos os benefícios dos jogos
cooperativos, que enfatizam a convivência, a solidariedade e a
capacidade de ajudar e pedir ajuda, desenvolvem diferentes
habilidades e competências e aliviam as tensões provocadas pelo não
saber.
O
jogo e a brincadeira como recursos psicopedagógicos devem preservar
a ludicidade e servir como instrumento de vinculação afetiva com
as situações de aprendizagem.
(Baseado
em Laura M. S. Barbosa: Intervenção psicopedagógica no espaço da
clínica. Curitiba: Ibpex, 2010).
Texto escrito pela Prof. Beate Muller de Freitas
Seguem as fotos dos jogos utilizados no atendimento Psicopedagógico e aulas de reforço.
Toda semana postaremos algo especifico de um determinado jogo para que você também possa utilizar esse recurso.